sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dança afro

Nascida nos terreiros de candomblé, ritmada ao som dos atabaques e coreografada com movimentos expressivos de inspiração africana, a dança afro, como todas as artes, é fruto da necessidade de expressão do homem, logo, carrega características da natureza humana. "Reconheço como dança afro toda manifestação cultural negra presente no cenário brasileiro, desde as danças folclóricas à danças de rua como o break e a capoeira", explicou Vânia Oliveira, professora de dança.
O principal vínculo da dança com a cultura africana é expresso através das coreografias. Os passos são uma releitura dos movimentos feitos pelos orixás nos rituais de candomblé. Para Vânia, "cada movimentação é religiosidade, resistência, diversidade e manifestação cultural, que precisa ser valorizada e reconhecida como construtora da identidade do brasileiro".
Assim como a religião, a culinária e a música, a dança é um grande elemento de resistência da cultura africana. Através de movimentos sutis e estéticos, ela simboliza uma cultura pouco valorizada. Segundo Vânia, a sensibilização provocada pela dança possibilita um auto-conhecimento, uma reflexão, ensina a valorizar a própria cultura.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009


















ORIXÁS

Na mitologia yoruba, Olorun é o deus supremo do povo yoruba, que criou as divindades chamadas orixás (em yoruba Òrìsà; em espanhol Oricha; em inglês Orisha) para representar todos os seus domínios aqui na terra. Os orixás, que não são considerados deuses, são cultuados no Brasil, Cuba, República Dominicana, Porto Rico, Jamaica, Guiana, Trinidad e Tobago, Estados Unidos, México e Venezuela.
Na mitologia há menção de 600 orixás primários, divididos em duas classes, os 400 dos Irun Imole e os 200 Igbá Imole, sendo os primeiros do Orun ("céu") e os segundos da Aiye ("Terra").
Estão divididos em orixás da classe dos Irun Imole, e dos Ebora da classe dos Igbá Imole, e destes surgem os orixás Funfun (brancos, que vestem branco, como Oxalá e Orunmilá), e os orixás Dudu (pretos, que vestem outras cores, como Obaluayê e Xangô).
Exu, orixá guardião dos templos, encruzilhadas, passagens, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.
Ogum, orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia.
Oxóssi, orixá da caça e da fartura.
Logunedé, orixá jovem da caça e da pesca
Xangô, orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
Ayrà, Usa branco, tem profundas ligações com Oxalá e com Xangô.
Obaluaiyê, orixá das doenças epidérmicas e pragas, orixá da cura.
Oxumaré, orixá da chuva e do arco-íris, o Dono das Cobras.
Ossaim, orixá das Folhas sagradas, conhece o segredo de todas elas.
Oyá ou Iansã, orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestades, e do rio Níger
Oxum, orixá feminino dos rios, do ouro, jogo de búzios, e protetora dos recém nascidos.
Iemanjá, orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de muitos orixás.
Nanã, orixá feminino dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiê.
Yewá, orixá feminino do Rio Yewa, considerada a deusa da beleza, da adivinhação e da fertilidade.
Obá, orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô, é a deusa do amor.
Axabó, orixá feminino da família de Xangô
Ibeji, divindade protetor dos gêmeos
Irôco, orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil).
Egungun, Ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.
Iyami-Ajé, é a sacralização da figura materna, a grande mãe feiticeira.
Onilé, orixá do culto de Egungun
Onilê, orixá que carrega um saco nas costas e se apóia num cajado.
Oxalá, orixá do Branco, da Paz, da Fé.
OrixaNlá ou Obatalá, o mais respeitado, o pai de quase todos orixás, criador do mundo e dos corpos humanos.
Ifá ou Orunmila-Ifa, Ifá é o porta-voz de Orunmila, orixá da adivinhação e do destino, ligado ao Merindilogun.
Odudua, orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba.
Oranian, orixá filho mais novo de Odudua
Baiani, orixá também chamado Dadá Ajaká
Olokun, orixá divindade do mar
Olossá, Orixá dos lagos e lagoas
Oxalufon, Qualidade de Oxalá velho e sábio
Oxaguian, Qualidade de Oxalá jovem e guerreiro
Orixá Oko, orixá da agricultura

África
Na África cada orixá estava ligado a uma cidade ou a uma nação inteira; tratava-se de uma série de cultos regionais ou nacionais.
Sàngó em Oyo, Yemoja na região de Egbá, Iyewa em Egbado, Ogún em Ekiti e Ondo, Òsun em Ilesa, Osogbo e Ijebu Ode, Erinlé em Ilobu, Lógunnède em Ilesa, Otin em Inisa, Osàálà-Obàtálá em Ifé, Osàlúfon em Ifon e Òságiyan em Ejigbo. A realização das cerimônias de adoração ao Òrìsá é assegurada pelos sacerdotes designados para tal em sua tribo ou cidade.

Brasil
No Brasil, existe uma divisão nos cultos: Ifá, Egungun, Orixá, Vodun e Nkisi, são separados pelo tipo de iniciação sacerdotal.
O culto de Ifá só inicia Babalawos, não entram em transe.
O culto aos Egungun só inicia Babaojés, não entram em transe.
O Candomblé Ketu inicia Iaôs, entram em transe com Orixá.
O Candomblé Jeje inicia Vodunsis, entram em transe com Vodun.
O Candomblé Bantu inicia Muzenzas, entram em transe com Nkisi.
Em cada templo religioso são cultuados todos os orixás, diferenciando que nas casas grandes tem um quarto separado para cada Orixá, nas casas menores são cultuados em um único (quarto de santo) termo usado para designar o quarto onde são cultuados os orixás.
Alguns orixás são só assentados no templo para serem cultuados pela comunidade, exemplo: Odudua, Oranian, Olokun, Olossa, Baiani, Iyami-Ajé que não são iniciados Iaôs para esses orixás.
A Iyalorixá ou o Babalorixá são responsáveis pela iniciação dos Iaôs e pelo culto de todo e qualquer orixá assentado no templo, auxiliada pelas pessoas designadas para cada função. Exemplo o Babaojé que cuida da parte dos Eguns e Babalosaim que é o encarregado das folhas.
Apesar de serem de origem daomeana, Nanã, Obaluaiyê, Iroko, Oxumarê e Yewá, são cultuados nas casas de nação Ketu, mas são muito raros os Iaôs que são iniciados, houve casos de passar vinte ou trinta anos sem se iniciar ninguém para esses orixás que são cultuados em locais separados dos outros.
Existem orixás que já viveram na terra, como Xangô, Oyá, Ogun, Oxossi, viveram e morreram, os que fizeram parte da criação do mundo esses só vieram para criar o mundo e retiraram-se para o Orun, o caso de Obatalá, e outros chamados Orixá funfun (branco).
Existem orixás que são cultuados pela comunidade em árvores como é o caso de Iroko, Apaoká, os orixás individuais de cada pessoa que é uma parte do orixá em si e são a ligação da pessoa, iniciada com o orixá divinizado; ou seja, uma pessoa que é de Xangô, seu orixá individual, é uma parte daquele Xangô divinizado, com todas as características, ou arquétipos.
Existe muita discussão sobre o assunto: uns dizem que o orixá pessoal é uma manifestação de dentro para fora, do Eu de cada um ligado ao orixá divinizado, outros dizem ser uma incorporação mas é rejeitada por muitos membros do candomblé, justificam que nem o culto aos Egungun é de incorporação e sim de materialização. Espíritos (Eguns) são despachados (afastados) antes de toda cerimônia ou iniciação do candomblé.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009


"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer. Da terra querida, que a linda cabocla, De riso na boca zomba no sofrer Não nego meu sangue, não nego meu nome Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará".




SÁBADO DIA 19/09/2009 Á PARTIR DAS 17H
NA CASA DE CULTURA DO ITAIM PAULISTA, SERÁ REALIZADO UM SARAU

" O QUE DIZEM OS UMBIGOS" EM HOMENAGEM A PATATIVA DO ASSARÉ, UM GRANDE CORDELISTA NORDESTINO. O SARAU ACONTEÇE SEMPRE NO 3º SÁBADO DE CADA MÊS E É ORGANIZADO PELOS MENINOS DO ARRUACIRCO E LOUCURA ALTERNATIVA.

UMA BOA DICA PARA ESSE FIM DE SEMANA!

POLIANA!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009


O Projeto Raiz Luta por igualdade, e principalmente pela busca da ancestralidade, pois independente da cor da pele todos nós descendemos do negro e do índio.
somos a mistura de raças, e temos que nos orgulhar disso. Mostramos através da arte a cultura do nosso país.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Dança Negra

A dança - enquanto forma de expressão corporal - possui uma linguagem onde cada gesto significa e representa idéias e sentimentos. Emoções. Sensações. O jogo da Capoeira é a síntese da dança. A sua essência, disfarçada em brinquedo. Vadiação. Distração de quem busca extravasar cada função interior nos gestos exteriores. É na dança que se manifesta a tradição milenar da cultura negra de reverenciar as origens. Isto ocorre cada vez que se repetem gestos ancestrais. Renovados. Conduzindo ao reconhecimento da necessidade de manter viva a ligação com os antepassados, que praticaram os mesmos atos. Nisto reside a grandeza da dança negra. Ritual. E no respeito aos que geraram a vida, a beleza maior. O balanço dos braços, o arremesso dos pés, o meneio do tronco e dos quadris, a harmonia de todo o corpo em gestos que não perdem a continuidade. Como se fôra um ininterrupto perambular pelo círculo, em estreita ligação com o solo.

Música Negra

A música negra (também conhecida como música afro-brasileira no Brasil e música afro-americana nos Estados Unidos) é um termo dado a todo um grupo de gêneros musicais que emergiram ou foram influenciados pela cultura de descendentes africanos em países colonizados por um sistema agrícola baseado na utilização de mão-de-obra escrava (plantation). É comum em toda a América, onde o uso de mão-de-obra escrava negra foi amplamente utilizada. As músicas tribais africanas foram trazidas pelos escravos para os países americanos, onde se mesclaram com outros ritmos europeus, formando novos gêneros musicais.

terça-feira, 1 de setembro de 2009




Tambores de África

(*)Fátima dos Santos

Tambores de África
Tambores ancestrais
Tambores que acompanharam
Nossa trajetória pelos mares,
Pelos lares, pelos terreiros do nosso país.

Tambores para saudar orixás
Inquices, vodunces, caboclos encantados,
Reis, imperatrizes, imperadores,
Princesas e tobôssis.

Tambores para homenagear yialorixás,
Babalorixás, rumbonas, nenguas,
Dones, mobas, ogans,
Ekedes, makotas e deres.

Tambores para contar lendas de África:
Falando da água, dos rios, dos mares,
Do vento, do fogo, do raio,
Do trovão, da lama, da terra e das matas.

Tambores para acompanhar ritmos,
O movimento da capoeira, do maculelê,
Do samba de roda, dos reisados,
Das festas do divino, do boi de encantado,

Do bumba-meu-boi
Que bumba meu coração
Que é diáspora
Que é paixão
Que é mulher negra.















Fomos convidados para fazer uma apresentação de danças brasileiras e dança afro na inauguração do complexo educacional Profª Valdelice Aparecida Medeiros Prass.
Em Embú das Artes, São Paulo.
Na Av. Aimará, S/Nº - Pq Pirajussara.
dia 29/08/2009 á partir das 13h
Ficamos muito felizes por esse convite, e contamos com a presença dos nossos amigos do Grupo Arruacirco que além de maravilhosos atores, estão estudando a cultura afro brasileira e suas danças, e nos ajudaram a puxar uma roda de ciranda. Depois foi nossa vez de mostrar a origem das danças brasileiras com o afrão.
Grupo Raiz e Arruacirco, uma parceria maravilhosa.


















































Projeto Raiz e o Grupo Arruacirco em Embú das Artes

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Negro




Por Letícia Vidica Marques da Rosa - Jornalista


Negro não é cor. Negro é raça.
Negro não é sofrimento. Negro é luta.
Negro não é tristeza. Negro é alegria.
Negro não é derrota. Negro é vitória.
Negro não é vencido. Negro é vencedor.
Negro não é ladrão. Negro é trabalhador.
Negro que já foi escravo sim, hoje é História.
Negro que é folia, é samba, é carnaval, é harmonia.
Negro que sofre sem ser sofredor.
Negro que ri, que canta, que dança, que ora, que quer, que consegue.
Negro que supera obstáculos e vence barreiras.
Negro é a raiz da liberdade.
Negro é a solução.
Negro Zumbi, Negro Mandela...
Negros que fizeram a História.
Negro Pelé, Negra Xica, Negro Sambista, Negro Capoeirista, Negro Médico, Negro Advogado, Negro no meio do povo, no meio da gente.
Negro que não quer ser igual, nem diferente, que só quer ser negro, visto e respeitado como.
Negro ontem, hoje, amanhã e sempre.
Negro não quer preconceito, Negro quer respeito.
Negro não quer falsidade. Negro quer verdade.
Negro não quer fingir. Negro quer ser.
Negro quer espaço, quer liberdade.
Negro não quer ser tachado, não quer ser roubado.
Negro não quer ser a sempre a empregada da novela, o motorista da madame, a manchete de jornal na seção policial, o mais visado na fila de um banco, o mal olhado dentro de um restaurante, o enquadrado na blitz da polícia, o recebido por obrigação...
Negro não quer ignorância. Negro quer educação.
Negro não quer regalias, negro quer oportunidades.
Negro não quer droga nem cheirar cola. Negro quer escola.
Negra mulher, Negra Dandara, Negra Jovelina, Negra Glória, Negro Martin...
Negro da favela, Negro da Portela, Negro do morro, Negro do cais, negro!
Negro é lindo!
Seja negro sim! Tenha orgulho!
Não tenha medo de ser, você é, seja!
Mesmo que as pedras sejam mais pesadas do que possa carregar, carregue-as!
Assuma-se!
Tenha consciência. Tenha ciência.
Grite bem alto! SOU NEGRÃO!
Viva todos os negros!














O Grupo Raiz Mostra através da música e da dança a beleza da cultura negra, e principalmente a beleza da nossa cultura, pois foi da batidados tambores africanos, e nos rebolados da negra africana que surgiu nossa música e nossa dança.








Somos negros sim não pela cor da pele
mas pelo amor a nossa ancestralidade.

Ensaios


O Grupo Raiz realizam seus ensaios na escola Madre Imilda á 9 anos e já formou muitos dançarinos, percicionistas. e esse é o grupo show realizando seu ensaio para uma apresentação.








Além de dança e percussão afro, o Raiz tem danças brasileiras, percussão brasileira, capoeira angola entre outras atividades, todos os sábados na escola, essas atividades são abertas para a comunidade. É um projeto social.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009














































Apresentação em Várzea paulista




no 2º Trançando Arte de Várzea











































Apresentação na UmaPaz no Ibirapuera